terça-feira, 8 de agosto de 2017

Médico alerta sobre perigos do câncer do colo do útero

Hospital Santa Izabel disponibiliza atendimento integralizado em oncologia

Terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado por uma infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano - o HPV. “O vírus do HPV é fundamental para o desenvolvimento da neoplasia cervical e pode ser detectado em 99% dos cânceres de colo uterino”, afirma Dálvaro Castro Junior, oncologista do Hospital Santa Izabel.

O médico ressalta, no entanto, que a presença do vírus, por si só, não significa que a paciente irá desenvolver um quadro de câncer. “Estima-se que entre 75 e 80% dos adultos sexualmente ativos adquirem o HPV antes dos 50 anos de idade, mas a maioria das infecções é transitória. Entre os mais de 40 tipos já identificados do vírus, aproximadamente 15 são conhecidos como oncogênicos. Quando a infecção por HPV persiste, o tempo desde a infecção inicial até o desenvolvimento de neoplasia intraepitelial cervical de alto grau e, finalmente, o câncer invasivo leva em média 15 anos, embora tenham sido relatados cursos mais rápidos”, alerta o oncologista.
Dessa forma, a detecção da doença é realizada durante as consultas regulares com um médico ginecologista. “O rastreamento do câncer de colo uterino detecta lesões pré-malignas e em estágio inicial, e, nesses casos, o tratamento diminui a incidência e a taxa de mortalidade. O principal método de rastreamento é o teste de papanicolau (citologia oncótica). O exame clínico permite o diagnóstico das verrugas genitais. As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames citopatológicos, histopatológicos e de biologia molecular ou pelo uso de instrumentos com poder de aumentar sua visualização após a aplicação de reagentes químicos para contraste”, acrescenta o oncologista.
Nos casos em que o câncer já foi identificado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. “O câncer de colo uterino é uma doença potencialmente curável. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de cura. Quando o câncer é descoberto num estágio inicial, é possível tratar através de pequenas cirurgias, como a criocirurgia e a conização. Já nos estágios mais avançados, as opções terapêuticas podem incluir a histerectomia total, a radioterapia, a braquiterapia e a quimioterapia”, esclarece Dálvaro Júnior.
Alerta
Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS), no relatório “Controle integral do câncer do colo do útero: Guia de práticas essenciais”, lançou um alerta para todos os países sobre a prevenção e o controle da doença. De acordo com o documento, estima-se que pelo menos 1 milhão de mulheres em todo o mundo vive com câncer do colo do útero. E, na maioria dos casos, sem acesso aos serviços de saúde para a prevenção, tratamentos curativos ou cuidados paliativos.
Entre as principais diretrizes de prevenção detalhadas no relatório, está a vacinação de meninas com idade entre 9 a 13 anos, com duas doses da vacina contra o HPV.“Além da vacina, que protege contra os principais tipos de HPV causadores de câncer, é possível também prevenir a infecção pelo vírus através do uso de preservativos durante o ato sexual e, claro, monitorar possíveis infecções através do acompanhamento regular com um médico ginecologista”, afirma Castro Junior.
Tratamento 
Com uma equipe especializada, formada por médicos cirurgiões e clínicos, além de profissionais de enfermagem, farmácia, assistência social e psicologia, o Serviço de Oncologia do Hospital Santa Izabel é referência no tratamento de câncer na Bahia. Além de integralizar todo o tratamento em um único lugar, desde as consultas clínicas, passando pela cirurgia oncológica, radioterapia e tratamento quimioterápico, até a internação, o Instituto Baiano do Câncer do Hospital Santa Izabel possui um parque tecnológico completo, com equipamentos de diagnóstico e tratamento de última geração.

Fonte: Correio* 

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