quarta-feira, 22 de agosto de 2018

As algemas do relacionamento abusivo - Cirandas Parceiras



Com o tema “As algemas do relacionamento abusivo” ocorreu mais um Ciranda Parceira idealizado pelo Projeto Força Feminina - Rede Oblata, mediado por Laina Crisostómo, ela afirma: “Sou mulher, negra, mãe, feminista, advogada feminista, fundadora e presidenta da ONG TamoJuntas.”

Laina trouxe as percepções para identificar um relacionamento abusivo, além de avanços nas leis brasileiras para o enfrentamento a violência contra a mulher, um exemplo, a Lei Maria da Penha. 




Devido ao número de inscrições o evento teve que mudar de local, ocorrendo no Casarão da Diversidade – Pelourinho.

O Casarão é uma iniciativa do Governo do Estado, através Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, em parceria com um conjunto de organizações da Rede de Enfrentamento à Violência contra LGBT, além de vários setores da rede socioassistenciais, como: o NETP. 


O evento contou com a participação de estudantes, parceiros e mulheres atendidas. 




terça-feira, 14 de agosto de 2018

Mudança de Local!


DEVIDO AO NÚMERO DE INSCRIÇÕES O EVENTO OCORRERÁ NO CASARÃO DA DIVERSIDADE 
 Rua Saldanha da Gama Pelourinho.

Maiores informações: 3322-5432 / 986820868 (zap)

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Parabéns à Pastoral da Mulher de Juazeiro - 40 anos de luta


"À luz da solidariedade para com as mulheres que exercem a prostituição, a base de nossa atuação segue uma perspectiva libertadora. Fundamenta-se no respeito à diversidade racial, cultural, sexual e na singularidade das histórias de vida da mulher que se prostitui."

Acesse o blog: http://unidadeoblatajuazeiro.blogspot.com/p/o-projeto.html

Brasil tem 6 casos de estupro e 25 de violência doméstica por hora


O Brasil registrou 60.018 estupros (6 casos por hora) e 221.238 crimes enquadrados na Lei Maria da Penha (25 casos por hora) ao longo de 2017. O número de estupros representa um crescimento de 8,4% em relação a 2016, mas não é possível saber a variação relativa aos casos de violência doméstica, já que este é o primeiro ano que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública coletou dos Estados dados dessa natureza.
Especialistas do Fórum acreditam que ambos os casos estejam subdimensionados dada a dificuldade de registro na polícia desses crimes. Ainda assim, a quantidade é considerada alarmante e pede a implementação de políticas específicas, como treinamento adequado de policiais em delegacias especializadas. “É um dos piores dados no que diz respeito à qualidade, por causa da subnotificação, e isso ocorre não só no Brasil. A mulher tem medo, tem vergonha”, diz a diretora executiva do Fórum, Samira Bueno. 
Ela lembra que a Pesquisa Nacional de Vitimização, de 2012, estimava que entre 7,5% e 10% desses crimes chegavam a ser denunciados em delegacia. “Então, 60 mil é pouco? A situação é muito pior do que parece.”
Feminicídios
Nos 12 meses do ano passado, foram registrados 4.539 homicídios de mulheres (alta de 6,1% em relação a 2016), dos quais 1.133 foram considerados feminicídio pela polícia. A lei prevê que, quando o crime ocorrer em uma situação de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher, deve ser registrado como feminicídio, o que pode aumentar a pena final do criminoso condenado pela Justiça em até um terço do tempo.
O Fórum acredita que o número de feminicídios registrados poderia ser ainda maior. A diferença, afirma, se dá em razão do pouco tempo da lei implementada - data de 2015 - e de dificuldades da polícia em reconhecer as situações de vulnerabilidade da mulher.
O diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, lembrou do caso recente registrado em Guarapuava, no interior do Paraná, cuja acusação aponta que o professor Luis Carlos Manvailer foi o responsável por atirar a advogada Tatiane Spitzner da sacada do apartamento do casal, matando-a na hora. “A violência doméstica precisa ser reconhecida como um problema público. As câmeras estavam lá para monitorar o motoboy que entrega a pizza, mas não para intervir em casos como esse?”
A defesa de Manvailer nega o crime. Ele está preso aguardando o andamento do processo, que poderá levá-lo a júri popular.
Fonte: Estadão

quarta-feira, 8 de agosto de 2018


Mais um caso de feminícidio #BASTA

Jovem é encontrada morta dentro de casa em Lauro de Freitas; namorado é suspeito

Uma jovem foi encontrada morta na casa onde vivia, na tarde desta terça-feira (07), no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo informações da Polícia Civil, a vítima, identificada como Michele da Hora de Melo, de 23 anos, estava com uma corda amarrada no pescoço e tinha marcas de golpe de faca pelo corpo. Ainda não se sabe a causa da morte, no entanto, o namorado dela, um adolescente de 17 anos, é o principal suspeito do crime.
O corpo da vítima foi encontrado por familiares, que foram na casa dela durante a tarde. O suspeito, então, teria dito que Michele se matou, contudo, ele foi visto lavando uma faca. Após o crime, ele fugiu da residência e está sendo procurando.
Conforme a polícia, os familiares da jovem contaram que ela e o namorado, que é da cidade de Serrinha, também interior da Bahia, iniciaram o relacionamento pela internet e moravam juntos há dois meses. Ainda de acordo com a família de Michele, as brigas entre o casal eram constantes.
O corpo da jovem foi encaminhado para o Instituto Médio Legal (IML) de Salvador, onde será periciado. O caso está sendo investigado pela 27ª Delegacia Territorial (DT) de Itinga, em Lauro de Freitas. O pai e a irmã da vítima foram levados para a unidade para prestar depoimento.
Fonte: Redação VN

Discurso de ódio na internet tem mulheres negras como principal alvo

Um estudo recém-concluído mostra que as mulheres negras são o principal alvo de comentários depreciativos nas redes sociais. Os dados estão na tese de doutorado defendida na Universidade de Southampton, na Inglaterra, pelo pesquisador brasileiro e PHD em Sociologia Luiz Valério Trindade. Ele analisou mais de 109 páginas de Facebook e 16 mil perfis de usuários.
O levantamento também incluiu 224 artigos jornalísticos que abordaram dezenas de casos de racismo nas redes sociais brasileiras entre 2012 e 2016. Luiz Valério constatou que 65% dos usuários que disseminam intolerância racial são homens na faixa de 20 e 25 anos. Já 81% das vítimas de discurso depreciativo nas redes sociais são mulheres negras entre 20 e 35 anos.
De acordo com Luiz Valério, as mulheres negras causam muito incômodo em um modelo de construção social machista e racista. As principais vítimas de agressões nas redes são médicas, jornalistas, advogadas e engenheiras negras.
“A partir do momento em que essas mulheres negras ascendem socialmente, adquirem maior escolaridade, elas se engajam em profissões de maior visibilidade e maior qualificação. Isso entra em choque com aquele modelo que diz que a mulher negra tem que estar associada ou engajada em atividades subservientes e de baixa qualificação”, afirmou o pesquisador.
Combate à violência
Luiz Valério chama a atenção para a importância do Poder Público e das empresas que administram as redes sociais de combater a violência contra as mulheres negras na internet. O pesquisador, que é negro, defende o aprimoramento das políticas de privacidade das redes sociais, com mais punição para usuários que disseminam discurso de ódio.
“Elas não estão protegidas por trás da tela do computador da forma como elas imaginam. As escolas de ensino médio e fundamental precisam preparar os jovens para que, na sua vida adulta, não repliquem esse tipo de comportamento”,
A agressão pelas redes têm o potencial de se transformar em violência verbal e física fora do mundo virtual. A blogueira maranhense Charô Nunes já vivenciou essa situação e hoje, radicada em São Paulo, coordena o Blogueiras Negras, plataforma colaborativa de publicação de textos de mulheres negras de todo o país.

Fonte: A Tarde