Por Luciano Demetrius
O novo tratamento
será disponibilizado, primeiramente, aos pacientes do Rio Grande do Sul e do
Amazonas, estados com maior incidência da doença
O Ministério da Saúde
iniciou a oferta da dose tripla combinada, o chamado três em um, dos
medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg).
Atualmente, esses fármacos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e
consumidos, separadamente, pelos pacientes portadores de HIV e Aids. O novo
tratamento será ofertado, em um primeiro momento, para dois estados que possuem
as maiores taxas de detecção. A dose fixa combinada será disponibilizada
gradativamente aos demais estados do país.
O principal ganho com
o novo medicamento antirretroviral está na redução do número de pacientes que
deixam de dar continuidade ao tratamento. Isso porque a disponibilidade das
três composições em um único comprimido facilita a ingestão, permitindo boa
adesão ao tratamento e durabilidade do esquema terapêutico.
Essa combinação de
medicamentos integra o Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e
Aids do Ministério da Saúde, publicado em dezembro de 2013, e será
disponibilizado como tratamento inicial para os pacientes soropositivos.
Considerado um importante avanço, o Brasil passa a garantir o tratamento três
em um, a exemplo de países como Estados Unidos, China e África.
Cenário
De acordo com o
Boletim Epidemiológico HIV-Aids, em 2012, o Rio Grande do Sul apresentou a
maior taxa de detecção do país, com 41,4 casos por 100 mil habitantes, e o
Amazonas 29,2. A taxa de detecção do Brasil é de 20,2 registros da doença.Em
dezembro de 2013, o Ministério da Saúde passou a garantir a todos os adultos
com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do
sistema imunológico, o acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a Aids
pelo SUS. A medida também integra o novo Protocolo Clínico de Tratamento de
Adultos com HIV e Aids.
Desde o início da
oferta do antirretroviral no SUS, há 17 anos, 313 mil pessoas foram incluídas
no tratamento. Com o novo protocolo, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar
os medicamentos a mais 100 mil pessoas, apenas em 2014. Isso significa um
aumento de 32% no número de pacientes vivendo com HIV com acesso ao
antirretroviral.
A rede de assistência
conta hoje com 518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de
Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de Medicamentos
(UDM). Gradualmente, as Unidades Básicas de Saúde estão sendo incorporadas no
atendimento aos pacientes vivendo com Aids e HIV.
Agência Saúde
Portal de Notícias do Ministério
da Saúde
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