Velório será realizado às às 10h de quinta (26), na Sede do Movimento Nacional População de Rua, no Pelourinho, e enterro acontece às 16h, no cemitério Campo Santo.
Por G1 BA
Morreu nesta quarta-feira (25), aos 51 anos, Maria Lúcia Pereira, líder do Movimento de População de Rua da Bahia (MNPR-BA). A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia (SJDHDS), que através de nota lamentou o ocorrido.
"Mulher negra, desafiadora e ícone de resistência, Lúcia sempre acreditou na capacidade das pessoas em alcançar seus sonhos e lutou para dar mais dignidade à vida das pessoas em situação de rua. Grande parte das pessoas assistidas pela iniciativa em Salvador e em Feira de Santana também fazem parte do Movimento e possuem afeto e inspiração pela liderança. Sempre disposta a defender os direitos da população de rua, Maria Lúcia colocava as suas opiniões de forma precisa e lutou para contribuir na melhoria dos serviços públicos para aqueles que mais precisam", diz a nota.
Ainda não há informações sobre as circunstãncias da morte de Maria Lúcia. O velorio será realizado às 10h de quinta-feira (26), na Sede do Movimento Nacional População de Rua, no Pelourinho, e o enterro acontece às 16h, no cemitério Campo Santo.
23/04/2018, 11h57 - ATUALIZADO EM 23/04/2018, 11h59
Elza Fiúza/ABr
A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher promove audiência pública na quarta-feira (25), às 14h30, para discutir com especialistas a aplicabilidade da Lei do Feminicídio e avaliar os resultados das políticas públicas do governo federal no combate à violência doméstica.
Devem participar da audiência Cheila Marina de Lima, consultora técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde; Carlos Alberto dos Santos Cruz, secretário nacional de Segurança Pública; Jackeline Aparecida Ferreira Romio, pesquisadora; Roberta Astolfi, representante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; Fátima Pelaes, secretária especial de Políticas para Mulheres; Aline Yamamoto, consultora para a área de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da ONU Mulheres; Lia Zanotta Machado, pesquisadora do Nepem-UnB; e Joseanes Santos, ativista da Frente de Mulheres Negras do DF.
Feminicídio
A Lei 13.104/2015, conhecida como a Lei do Feminicídio, oriunda da CPI Mista da Violência contra a Mulher, foi incluída no Código Penal como circunstância qualificadora do crime de homicídio. O crime é definido como o homicídio praticado contra a mulher por razões de gênero, quando houver violência doméstica ou familiar, violência sexual, mutilação da vítima ou emprego de tortura.
Em março deste ano, o Senado aprovou novas hipóteses para o aumento no tempo da pena de reclusão aplicável ao feminicídio: se o delito for praticado contra pessoa com doença degenerativa que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental e na presença virtual de descendente ou de ascendente da vítima.
O Código Penal já prevê o aumento de pena de um terço até a metade para o feminicídio em três hipóteses: se a vítima estiver gestante ou nos três meses posteriores ao parto, se a vítima for menor de 14 anos de idade, maior de 60 anos ou tiver alguma deficiência e se a vítima estiver na presença física de parentes como pais e avós. O projeto da Câmara sofreu alterações e voltou para a análise dos deputados onde aguarda nova deliberação.
Sucesso firmado há anos, Taís Araújo foi a convidada desta terça-feira, 17/4, do Conversa com Bial. Com voz ativa e representativa, a atriz falou sobre racismo, feminismo e sobre a nova temporada da série Mister Brau.
Para completar o papo, a cantora e atriz Lellêzinha entrou na conversa e revelou a importância de Taís em sua vida.
Mister Brau – A importância de autores negros na série:
“Estamos falando de personagens negros, que vem da Zona Norte do Rio de janeiro, que é Madureira. Então, eu acho que ninguém vai saber escrever melhor para essas pessoas do que quem vive esse lugar. (…) Se não acaba sendo a mesma história. A história contada pelo ponto de vista do outro.”
“Muita gente me chamava de Xica da Silva e o Lázaro de Foguinho”, conta a atriz fazendo referência a antigos personagens.
Relacionamento X Cidadania
“Nós tivemos uma troca muito especial. Na verdade, eu não acredito em nenhum relacionamento que não tenha troca. Seja de amizade, seja eu e você aqui, seja a gente e quem está assim sentado, a gente de casa, ainda mais em um casamento. De fato, o Lázaro vinha de um grupo político com um pensamento muito embasado sobre o Brasil real, e eu não tinha um pensamento tão aprofundado assim”.
Racismo
“Na minha casa se falava sobre os problemas do Brasil, mas não sobre os nossos problemas do Brasil. Era da porta para fora. Era ali: ‘Ah, situação política’. Era isso que se falava. Quando se falava de alguma questão de preconceito, racismo e tal, simplesmente não se falava. (…)quando eu saí para a rua, eu vi que isso não bastava, que tinha que ter um embasamento, que tinha que ter um pensamento sobre. Tinha que pensar em alternativas. O assunto tinha que ser mais vertical sobre a questão”, conta Taís Araújo.
Feminismo – Abuso X Flerte
“Eu acho que nós sabemos muito bem o que é um abuso, e um flerte não é um abuso. Não é não e acabou! Eu repito essa frase diariamente para o meu filho e para minha filha também. Se a mulher fala não, acabou!”, afirma Taís.
Lellêzinha entra na conversa e fala sobre Mister Brau e a importância de Taís em sua vida:
“Me senti bem representada e queria muito estar naquele lugar. Eu falava: ‘Quem sabe um dia eu vou estar ali no Mister Brau? ’”, lembra a cantora.
Desde muito nova eu já sabia o que eu queira ser. Eu queria ser uma estrela! ”
Lázaro e Taís – Beyoncé e Jay Z do Brasil?
“Eu acho. É um casal muito poderoso. São uma referência muito grande”, elogia Lellêzinha.
Sou muito grata. Tenho ela do meu lado e vou tirar casquinha!”, brinca a cantora.
O Topo da montanha – mais importante e necessária no Brasil atual.
“Conforme o mundo piora, eu acho que a peça vai ficando mais importante, mais necessária e o mundo tem piorado muito. Olha, o Brasil tem piorado pior que o mundo. Mas o mundo também está danado, não é? ”
Ato por Marielle – Lellêzinha
“Eu fiquei muito impactada e uma parte de mim foi embora. Uma parte de mim ficou fraca e eu me senti na obrigação de fazer alguma coisa e tive a oportunidade”, fala Lellêzinha.
Nas redes sociais, os fãs postaram muitos elogios:
Realizou-se
na tarde do dia 28 de março, na sede do Projeto Força
Feminina o Encontro de Cirandas Parceiras
com o tema “Fraternidade e Superação da Violência: Vós sois todos irmãos e
irmãs” apresentado por Hildete Emanuele – professora e coordenadora da
articulação da Ação Social Arquidiocesana em Salvador. Ela transcorreu sobre os
diversos tipos de violência, observada e vivenciada todos os dias nas grandes e
pequenas cidades, no seio familiar, nas Instituições, contra mulheres e homens,
jovens e crianças, adultos e idosos, sobretudo contra a população mais vulnerável.
Provocou os participantes a pensarem formas de solucionar essas várias
violências e a criar estratégias para a construção de uma sociedade que promova
a cultura da paz, da reconciliação e da justiça.
Foi
uma roda de conversa, no qual os presentes participaram ativamente,
interagiram, trouxeram dúvidas, partilharam suas experiências e deram depoimentos de como conseguiram superar
as violências que sofreram.
Mesmo
em momentos de discursos contraditórios e preconceituosos frente a essa
temática, a facilitadora soube animar e estimular o público a refletir sob o
ponto de vista histórico – cultural, para fazer compreender a origem de certos
comportamentos, atitudes e falas preconceituosas e discriminatórias que já
estão internalizados e são considerados normais.
Os
presentes foram instigados a pensar que cada um é
responsável pelo que acontece ao seu redor, que as atitudes individuais
repercutem em ações maiores e que cada pessoa pode manter o estado de violência
ou de paz a depender da forma como enxerga a si mesmo e ao outro. A todo
instante, a professora Hildete Emanuele retomava a proposta inicial de olhar o
outro como irmão e irmã.
São
em encontros como esse que a rede de combate à violência se forma e se
fortalece, principalmente quando outros projetos e seus usuários se tornam
multiplicadores.
Nem sempre conselhos e pedidos são manifestações de afeto. O suposto cuidado, na verdade, pode ser uma obsessão por controle. O ciúme não justifica atitudes autoritárias. Fique atenta! #MPBA#naoaviolenciacontraamulher#naoaorelacionamentoabusivo
A equipe de espiritualidade do Projeto Força Feminina celebrou
com as mulheres atendidas o nascimento de Madre Antônia.
Lembrar o nascimento de Madre Antônia é lembrar o
nascimento de uma mulher que foi e continua sendo luz na vida das mulheres. Ela
deixou sua marca na sociedade ao se preocupar em acolher e dar sentido digno à
vida de mulheres que não eram vistas com respeito.
Madre Antônia com sua decisão de
aceitar o convite de Padre Serra possibilitou melhoras na vida de
muitas mulheres desde o início da formação da Congregação Oblatas até os dias
atuais. Em homenagem ao nascimento dela foi feito memória à vida de outras
mulheres – mães, amigas, madrinhas, tias, que também levaram força, esperança e
luz à vida das mulheres em situação de prostituição e com muito carinho e
gratidão, as mulheres atendidas citaram e homenagearam àquelas que foram para
elas modelos de esperança e fé.
Viva Madre Antonia!!!
Viva!!!
E que sua luz esteja sempre acesa fortalecendo a caminhada de todas as mulheres!
Os
trabalhadores sociais do Projeto Força Feminina e da pastoral da Mulher, unidades
Oblatas
em Salvador e em Juazeiro,participaram do Fórum Social Mundial realizado
em Salvador na última semana.
As
atividades foram acontecendo em vários locais da cidade. A concentração maior
de palestras, tendas e espaços de intervenção artística estava no campus da
UFBA em Ondina.
Os trabalhadores
sociais se dividiram e participaram de vários espaços de discussão.
É com
satisfação que vemos a cidade de Salvador sendo tomada por pessoas interessadas
em pensar um novo mundo, com mais justiça social onde todos possam viver em
igualdade de gêneros, de direitos, de possibilidades... Que esses encontros
sejam mais frequentes e que os frutos deles sejam mais ações sociais e
políticas que diminuam as desigualdades e as injustiças que só aumentam a
violência entre todos.
Em uma
sociedade que não respeita a minoria, todos são vítimas!