segunda-feira, 26 de junho de 2017

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Um São João Prá lá de Animado Sô!!!

Assim foi o São João do PFF na tarde de terça-feira, em Salvador, 20 de junho. Com a animação e a participação das mulheres em danças, quadrilhas e simpatias se comemorou uma das festas mais queridas e tradicionais do povo nordestino. Os três santos são muito festejados em junho e nesta tarde, São João foi homenageado. A dupla de educadoras sociais Rosilene e Ana Paula contou de forma lúdica a história deste santo, desde seu nascimento até a morte. As mulheres ficaram curiosas e prestaram bastante atenção a fim de compreender melhor os enredos da vida do santo.


Tudo estava decorado com o tema junino, com fogueira, casa de taipa e bonecos caipiras.





 A equipe do PFF encenou músicas que homenageiam os santos juninos, contaram causos do interior e das festas juninas. Todos juntos, equipe e mulheres dançaram a quadrilha e depois todos caíram no forró com a dança da vassoura, sem esquecer a coroação da rainha e das princesas.




Comidas típicas e mingaus foram servidos ao som do forró e da animação e entrosamento de todos.


E nesse clima “bão”, o São João foi comemorado! 
Viva São João!!! 
Viva!!!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Virou tradição!

O Projeto Força Feminina realiza todos os anos a Reza de Santo Antônio junto com as mulheres atendidas e em 2017 não poderia ser diferente.

Padroeiro dos namorados. Sua popularidade advém do fato de ele ser considerado pela tradição como santo casamenteiro, mas o Santo também é adorado para que possamos pedir as mais diversas graças e também agradecer pelas já recebidas.  


Na tarde de 13 de junho, dia do Santo, foram realizadas homenagem através de cânticos, apresentações dos principais milagres, simpatias e a tradicional distribuição do pãozinho de Santo Antônio, que segundo a tradição, caso colocado na farinha de mandioca trará fartura para sua vida, além de nunca lhe faltar o alimento do dia-a-dia.

Este tem sido um momento rico em aprendizado e espiritualidade. Na demonstração de fé dessas mulheres é possível perceber a importância de fortalecer o espírito através de celebrações como estas.

Que o próprio Santo Antônio realize os pedidos de todas elas com muito amor e carinho!


E Viva Santo Antônio!!!!

Viva!!!!

VISITA DO PFF À CANORE

Na tarde de sexta-feira, 09 de junho de 2017, os trabalhadores sociais do PFF levaram as mulheres atendidas na unidade a visitar a Canore, Cooperativa de Agentes Ambientais Nova República. Esta atividade estava dentro do planejamento da oficina Roda de Conversa de acordo com o eixo temático do mês de junho: o meio ambiente.



Existe uma necessidade real e urgente de cada vez mais haver momentos, a fim de sensibilizar as pessoas para a questão ambiental. O meio ambiente é a casa de todos e a degradação traz prejuízos e problemas a todos, não só a quem comete crimes ambientais. E, cada um, individualmente, pode fazer pequenas ações para que se minimizem os estragos que o planeta Terra já vem sofrendo há séculos.


Nesta tarde, as cooperativadas da Canore, as professoras e estudantes de diversos cursos da UNIFACS estavam confraternizando em um arraiá a festa de São João.  Mulheres e trabalhadores do PFF foram muito bem recebidos.
Os representantes das instituições comunicaram a proposta e as atividades realizadas nas mesmas, as cooperativadas e as mulheres em situação de vulnerabilidade deram seus depoimentos de acordo com seu tempo de participação e compartilharam suas experiências.


O entrosamento e o desejo de fortalecer vínculos foi o ponto alto desta visita. Os estudantes da UNIFACS demonstraram interesse em conhecer as atividades realizadas no Força Feminina. As cooperativadas e as mulheres do PFF se aproximaram em um entrosamento saudável e genuíno, percebeu-se que elas se reconheceram como mulheres de luta e de força em superar marcas profundas das dificuldades sofridas na vida.


Projeto Força Feminina

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Mais uma vítima do feminicídio no Brasil




Mulher é morta a facadas em Vera Cruz

A pedagoga Helem Moreira, de 28 anos, foi morta a facadas, na manhã desta sexta-feira, 9, no município de Vera Cruz, na Bahia. O marido, que estava com ela há 14 anos, é suspeito de ter cometido o feminicídio, assassinato brutal sofrido por mulheres.
Segundo contou o delegado Geovane Paranhos, da 24ª Delegacia Territorial (DT) de Vera Cruz ao Portal A TARDE, o crime teria sido motivado por ciúmes, após o taxista Ângelo Silva de Souza, de 25 anos, desconfiar de algo encontrado no celular da vítima. Ele a golpeou com três facadas no pescoço.
Os pais do homem, que moram no mesmo prédio do casal, ouviram um barulho e foram até a casa, encontrando o corpo da nora no chão e Ângelo sentado na sala. O suspeito teria dito aos pais que iria procurar ajuda, mas fugiu. Os dois foram então até um posto policial próximo à residência e pediram socorro, mas a mulher já estava morta.
O corpo de Helem já está no Instituto Médico Legal (IML). O delegado vai solicitar à Justiça a prisão preventiva de Ângelo, que continua sendo procurado. Há suspeitas de que ele estaria em Santo Antônio de Jesus.

Suspeito de esfaquear mulher em Vera Cruz se entrega à polícia

O taxista Ângelo da Silva, de 25 anos, se entregou à polícia de Vera Cruz na manhã desta segunda-feira, 12. Ele é suspeito de ter golpeado sua companheira, a pedagoga Helem Moreira, de 28 anos, com três facadas no pescoço.
Segundo contou Geovane Paranhos, titular da 24ª Delegacia Territorial (DT) da ilha de Vera Cruz, ao Portal A TARDE, o homem chegou à delegacia acompanhado de um advogado, alegando arrependimento. "Ele disse que se desequilibrou emocionalmente quando encontrou no cartão de memória do celular da mulher um vídeo íntimo dela com um outro homem. Eles então discutiram, e ele pegou uma faca e a golpeou. Ângelo ainda disse que já vinha desconfiando das atitudes dela", explicou Geovane.
O delegado já solicitou a prisão preventiva do suspeito à Justiça e ainda vai ouvir um homem que seria a pessoa que aparece no vídeo com Helem.
Fonte: A tarde

A Secretária de Políticas para as Mulheres lançará no dias dos namorados a campanha de alerta aos relacionamentos abusivos

#NaoeAmorQuando









Relacionamento abusivo

'Da boca ao ânus, estava tudo destruído', diz mulher que adoeceu após um relacionamento abusivo

Casada por 15 anos, a educadora Tulipa, 42 anos, se viu com um diagnóstico de gastrite, esofagite, pedras nas vesícula e hemorroidas, além de depressão profunda e ansiedade generalizada.

A educadora Tulipa, 42 anos, tinha tudo para ser considerada alguém realizada na vida. Bem-sucedida profissionalmente, chegou a dar aula em três universidades ao mesmo tempo. Casada por 15 anos, é mãe de três filhos. Tinha uma vida confortável no interior do estado até que percebeu uma coisa que a aterrorizou: estava vivendo um relacionamento abusivo.
Mais do que isso: estava ficando doente por ele. Gastrite, esofagite, pedras nas vesícula e hemorroidas se juntaram ao diagnóstico de uma depressão profunda e de uma ansiedade generalizada. “Minha vontade, na época, era de ter um câncer maligno e morrer”, conta, em depoimento ao CORREIO.
Aqui, a pedido dela, omitimos quaisquer informações que possam identificá-la, a exemplo da cidade onde viveu e dos locais onde trabalhou. Também a pedido, decidimos batizá-la com o nome fictício de uma flor: a tulipa. São aquelas as flores que também podem significar um amor verdadeiro e dedicado, também podem simbolizar um amor sem esperança. Ao mesmo tempo, tulipas – que renascem na primavera – também podem ser símbolo de um recomeço. Confira aqui o depoimento dela: 

***
“Cheguei ao Loreta (Valadares, centro de referência municipal que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica) apavorada. A gente fica sempre com medo ou receio e um dia soube que ia ter uma audiência na Vara (da Mulher, que fica na mesma rua, nos Barris). Eu estava muito nervosa e a assistente social me atendeu. Isso era março de 2017. Mas meu caso é atípico. Geralmente surpreende as pessoas.
***
Fui casada durante quase 15 anos e estava morando em outra cidade do interior do estado. Comecei a sofrer uma série de violências psicológicas. Nunca houve violência física, mas, no último ano (de casamento), em 2014, eu me via refém. Ele dizia que eu não fazia nada certo. E dizia tanto que eu acabei me convencendo que não havia nada de positivo em mim. Eu me via querendo morrer para deixar uma pensão para ele cuidar de meus filhos.
Chegou uma época que eu dava aula em três universidades ao mesmo tempo e tinha muito sucesso profissional, que ele não alcançava. Hoje, com a terapia, eu entendo que ele não suportava isso e não sabia como manter um relacionamento que fosse bom para ele e para mim. Deixei de fazer o doutorado logo após o mestrado porque ele não tinha nem mesmo terminado a graduação. Uma pessoa ainda disse para mim: ‘ele não vai aguentar’.
Um dia, ele disse exatamente isso para mim: ‘você só serve para ganhar dinheiro’. Até que, em setembro de 2014, eu sonhei com alguém falando para mim: ‘por que você ouve tudo isso dele? Vá embora’. Minha filha, que tinha 14 anos na época, já tinha dito isso; que era para eu ir embora. E comecei a pensar em procurar uma saída.
Em outubro, viemos para Salvador para votar para presidente. Não tinha transferido o voto ainda. Viemos e fomos na casa de um amigo nosso, mas ele não quis saber de mim. Não me tocava. Eu abraçava, ele me empurrava. Na casa da irmã dele, ele fez uma grosseria. Quando voltamos, comecei a morar na sala de TV. Decidi comprar a passagem para Salvador. Minha vontade, na época, era de ter um câncer maligno e morrer.
Contei à minha mãe e ela, que tem uma casa em cima da dela, arrumou um pedreiro, limpou, pintou para mim. Fiquei de mudar no dia 26 de dezembro daquele ano. Antes disso, viajei com meus alunos para o Recôncavo e levei meus três filhos (a adolescente, mais velha, era a única de um relacionamento anterior, mas tinha sido criada por ele). Quando cheguei em casa, ele continuou dizendo que a culpa do casamento ter acabado era minha. Disse que ‘não me queria mais, não sentia mais desejo, mas era para eu ficar lá, que depois (o amor) voltava’.
Quando ele saiu para trabalhar, liguei para o cara da mudança e agendei para aquela mesma semana. Me mudei sem fogão, sem geladeira.
Fiquei num estado letárgico. O momento de adaptação foi muito complicado e ele continuava fazendo as mesmas coisas. Dizia que a culpa era minha, por ter ido embora. Em janeiro de 2015, decidi que não ficaria mais com ele.
***
Mas foi aí que ele começou uma perseguição sistemática da minha vida. Das minhas redes sociais, dos meninos. Tudo isso enquanto eu comecei a fazer coisas que não fazia, como ir a shows. Ele via fotos minhas e mandava textos e textos. Eu lia, respondia. Comecei a saber que amigos meus também tinham se afastado de mim por ele. E eu comecei a achar que as pessoas estavam passando informações minhas para ele, porque ele sabia de tudo que eu fazia.
No dia 8 de março de 2015, eu estava conversando com um amigo meu, que é artista plástico e ele me deu ‘parabéns’ pelo Dia da Mulher. Eu brinquei e disse que queria flores e bombons. Então, ele desenhou para mim e eu postei no Facebook. Uma amiga minha depois veio me perguntar se eu tinha recebido presentes e contei que não, mas que um amigo tinha mandado o desenho. Brinquei que ‘não era namorado, mas era bonitinho’. Depois, ele (o ex-marido) veio falar a mesma coisa comigo que falei com ela. As mesmas palavras.
Confrontei minha amiga, mas ela disse que não tinha falado com ele. Só que ele sabia de tudo da minha vida. Em julho de 2015, eu arrumei um namorado. Ele começou a infernizar a vida de minha filha também. Meu filho teve que passar um dia excluindo mais de 100 pessoas ligadas a ele de meu Facebook. Bloqueei ele.
Até que ele invadiu minha casa.
Veio aqui e eu disse: ‘não suba’. Mesmo assim, ele entrou na casa e disse que estava se preparando para me pegar na Justiça há quatro anos. Eu fiquei tão preocupada que fui na polícia. Enquanto isso, fui vivendo minha vida.
No fim do ano, tive outro namorado. Fomos viajar num feriado, enquanto meus dois filhos menores estavam na cidade dele. Ele me ligava minuto a minuto. O tempo inteiro me cercando.
Depois eu me peguei no fim de ano trabalhando muito, com muita hora extra. No meu aniversário, depois que as pessoas foram embora, eu dormi e não acordei. Só acordei dois dias depois. Soube por minha filha que eu tive febre muito alta e que estava levantando só para ir ao banheiro e eles me dando comida na cama.
Minha médica recomendou um check-up total e acompanhamento com psicólogo. Nos meus exames, não deu nada. Exceto pelo fato de que meu aparelho digestivo estava totalmente destruído. De afta a gastrite, esofagite, pedra na vesícula, hemorroidas. Da boca ao ânus, estava tudo destruído.
Comecei também a terapia, que já faço há um ano e meio. E ele começou a mandar mais e-mails dizendo que tinha mais coisas sobre mim. Antes disso, ele mandou um divórcio impossível de assinar. Queria que eu assinasse um inventário de R$ 110 mil para pagar. Até o apartamento de meu primeiro ex, ele quer. Meu ex (pai da filha) teve um linfoma e morreu. O apartamento ficou no meu nome, mas os três filhos e a viúva moram lá. Mesmo assim, até isso ele quer.
Em 2015, fui diagnosticada com depressão e uso medicamentos contínuos para dormir e para o humor. Sei que é do agravo dessa situação. Comecei a sentir os sintomas físicos.  Trocava nomes, esquecia coisas, não tinha concentração.
Nesse mesmo dia que fui à psiquiatra, ele me ligou dizendo que um amigo dele viu meu perfil no Tinder (aplicativo) e mandou fotos. Ele saiu dizendo que eu estava com fama de ‘mulher fácil’. Era uma espécie de chantagem. E eu era refém dele por conta das crianças. Ele dizia que, se eu não atendesse às ligações dele, seria alienação parental. Me ameaçava, dizia que meu atestado de depressão era falso.
Em novembro do ano passado, um irmão mais novo dele veio morar comigo. Eu me sentia meio mãe do menino porque ajudei a criar. Foi ele que me contou o que estava acontecendo. Quando ele vinha falar comigo, meu filho veio me dizer que o pai tinha mostrado um monte de coisa minha no computador. Um monte de arquivo.
O irmão dele contou que não era só isso. ‘Ele tem tudo seu no computador’, disse. Descobrimos que ele estava pagando um hacker para invadir meu computador. Minha filha mais velha ficou revoltadíssima, porque ele dizia que não tinha dinheiro para pagar pensão, mas tinha para pagar um hacker.
Contratei um menino de TI (Tecnologia da Informação) que, de fato, constatou que tinha um vírus espião no computador. A sensação que eu tinha é que eu estava vivendo dentro de uma maquete com meus amigos e família, enquanto ele sabia de tudo o tempo inteiro. E ele continuava cometendo uma coisa que depois vim descobrir que se chama gaslighting, que é quando um homem faz com que a mulher ache que está louca.
Peguei o print da conversa com o irmão dele e levei na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Só então abriram inquérito ainda da primeira queixa.
***
Me senti muito só enquanto estava sendo atendida só pela Deam. Primeiro, porque eles colocam homens. Segundo, o policial fez chacota (da história). Quando contei à defensora pública, ela ficou horrorizada.
Graças a Deus, está nas mãos da Justiça agora. Antes de chegar lá, eu estava vulnerável. Não me sentia protegida pela Deam. Me sentia amedrontada. Mas comecei a perceber que o errado era ele. Tive que mudar o email que usava há 20 anos e abrir outro, porque ele estava lendo.
A juíza achou tão absurdo o meu relato que deu medida protetiva não apenas para mim, mas para minha família toda, inclusive minha filha mais velha. Só quem não tem medida protetiva são os dois menores, que são filhos dele também.
Comecei a ter crises de novo. No (último) dia 31 de maio, fui a um psiquiatra porque comecei a ter dor de cabeça o tempo inteiro. Aí me explicaram que, além da insônia causada pela ansiedade, há a insônia da depressão. Meu Cid (Código Internacional de Doenças) aumentou. Hoje, tenho dois: depressão profunda e ansiedade generalizada, por essa violência. Minha mãe sequer aceita minha depressão. Dizia que era menopausa, qualquer coisa... Menos depressão.
***
Isso tudo tem me ajudado a descobrir interesses, trabalhos, participar de eventos, conhecer muita gente. Descobri que posso ajudar outras mulheres que estão nessa mesma situação. Muitas de minhas amigas estão com relatos parecidos, comprometendo a autoestima. São mulheres de 30, 40 anos que se submetem a um teleguiamento de um homem a troco da instituição ‘casamento’, que, a meu ver, não deveria aprisionar.
A maioria vai para a igreja e os religiosos, infelizmente, tendem a fazer com que elas se conformem com o destino, como se elas não pudessem sair. Minha filosofia hoje, o budismo, diz que o que a gente faz é construção nossa. Eu não tenho rancor do meu ex-marido. Tenho pena dele. Mas sei que ele é perigoso.
Espero que a Justiça determine que ele tenha acompanhamento psiquiátrico, mas prefiro me manter à distância.
Na verdade, existe um padrão na sociedade dessa geração que hoje está com 40, 50 anos, que faz com que os homens se comportem desse modo e a gente, mulher, permite, porque fomos ensinadas a aceitar.
Tenho o exemplo de minha mãe, de ter sido mais submissa ainda e ter ficado com meu pai até o fim. O exemplo dela serviu para que eu não me tornasse igual a ela. E minha filha não vai se tornar igual a mim, porque o meu sofrimento a fez muito mais forte. Ela hoje já demonstra sinais de que entende qual é o papel dela no mundo, que não é precisar de um homem para ser feliz, para viver”.
***
Ao CORREIO, a delegada titular da Deam de Periperi (onde Tulipa registrou a queixa), Vânia Matos, reconheceu que há dificuldade no atendimento das vítimas de violência psicológica. “A Lei Maria da Penha fala de violência psicológica, mas ela não tem pena. Para eu penalizar e fazer o inquérito, preciso do Código Penal e, às vezes, não existe a ameaça, o xingamento. Existe a pressão psicológica e eles (os investigadores) têm dificuldade porque não são da área jurídica”.
Segundo ela, a orientação é que eles indiquem que essas vítimas sejam atendidas pelas delegadas. Se não houver nenhuma no momento, que elas voltem em outro momento. 

Fonte: Correio da Bahia

terça-feira, 6 de junho de 2017

Visita do Governo Geral

“Falar da missão nos une” Irmã Roseli



Foi com essa expressão que a visita do Governo Geral das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor representado pelas Ir. Julita Nunes e Ir. Roseli Consoli esteve em Salvador e confirmou a plenitude que nossa ação desenvolve em cada um dos 15 países que está presente, para acolher, atender e escutar as mulheres em situação de prostituição.






A visita ocorreu na manhã do dia 05/06/2017 com o objetivo de conhecer a realidade do Projeto Força Feminina e seus desafios, mas também de aprendermos a sonhar e a partir deste sonho buscar a melhor maneira de realizá-lo.


Esta entidade religiosa busca com o carisma social, político e cultural transformar vidas juntando pequenos sonhos e partilhando através da sensibilização social e/ou de ações diretas em prol destas mulheres. Então... aqueles que estão engajado nesta missão como os leigos, os colaboradores, os parceiros não poderão perder de vista esse carisma que a anos perpassam nos nossos projetos e faz toda a diferença.

Violência Obstétrica


sexta-feira, 2 de junho de 2017

3º Cirandas Parceiras 2017

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER E VÍNCULOS FAMILIARES



No dia 31 de maio de 2017 o Projeto Força Feminina recebeu estudantes de faculdades particulares e públicas de Salvador e parceiros de rede para refletir sobre Violência contra a mulher e Vínculos Familiares com a grandiosa participação da CAP. PM Ana Paula Queiros da Ronda Maria da Penha no nosso 3º Cirandas Parceiras de 2017. 



A capitã Ana Paula Queirós há 20 anos está na PM e atua na Operação Ronda Maria da Penha, avalia que a violência contra a mulher é reflexo de uma conjuntura social patriarcal, que historicamente tem colocado a mulher numa posição de fragilidade e vulnerabilidade. “A gente tem que começar a entender esses comportamentos culturais e de onde vem o reflexo do que acontece na sociedade”, contou.




O Cirandas Parceiras tem sido momentos importantíssimo de esclarecimentos, vivência e partilha. Discutir sobre os direitos das mulheres, seu protagonismo e empoderamento nos fortalece enquanto rede e cidadão para desenvolver ações e torna nossa trabalho eficaz na realidade dessas mulheres. 



Projeto Força Feminina

Antiprincesas: mulheres reais que inspiram novas gerações


Frida Kahlo, Violeta Parra, Juana Azurduy e Clarice Lispector são os rostos da coleção infantojuvenil Antiprincesas. Como é que estas mulheres ajudaram a mudar o mundo? Vem descobrir.
Quatro mulheres. Quatro heroínas. Quatro histórias inspiradoras. São estes os ingredientes que compõem a coleção Antiprincesas, originalmente publicada pela editora argentina Chirimbote, no Brasil pela editora e distribuidora Sur Livro, é destinada a “meninas e meninos”.
As protagonistas são a pintora mexicana Frida Kahlo, a cantora e artista chilena Violeta Parra, a militar boliviana Juana Azurduy e a escritora e jornalista brasileira Clarice Lispector.
Cada uma destas “mulheres reais” terá como missão, no volume da coleção infantojuvenil ao qual dá nome, mostrar como derrubou barreiras no seu tempo e espaço, ajudando no combate às desigualdades sociais e aos estereótipos que crescem junto das camadas mais jovens.
A grande responsável por esta iniciativa é a jornalista argentina Nadia Fink. Os seus textos são suportados pelas ilustrações do também argentino Pitu Sáa.
Tens a certeza que já sabes tudo sobre estas antiprincesas? Conheces as suas histórias, as suas lutas e o modo como mudaram o mundo? Vem connosco. A viagem vale a pena.

“Contamos histórias de mulheres. Porquê? Porque conhecemos muitas histórias de homens importantes, mas poucas de mulheres. Conhecemos algumas histórias de princesas, é verdade, mas quão longe da nossa realidade estão essas personagens que vivem em castelos enormes e frios? Há muitas mulheres na América Latina que derrubaram os padrões da sua época, que não se resignaram a desempenhar as funções que a sociedade lhes impunha e seguiram o seu próprio caminho.”
– Editora Argentina Chirimbote

Fonte: Revista prosa, verso e arte

Comitês elegem a Bahia para sediar o Fórum Social Mundial em 2018


Aconteceu em 26 e 27 de maio em Salvador (BA), o Seminário Nacional “Movimentos brasileiros em diálogo – Um Fórum Social Mundial na Bahia é possível?”, do qual participou o presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Antônio Barreto. A candidatura do estado para sediar o próximo FSM, promovida por diversos movimentos, redes e outras entidades sociais, foi bem sucedida, com a decisão pela realização do evento internacional de convergência em Salvador, de 13 a 17 de março de 2018.
O lema da edição de 2018 do FSM será “Resistir e Criar, Resistir e Transformar”, conta Barreto. Na declaração de candidatura de Salvador, o Coletivo Baiano fez a proposta de construção do evento mundial enquadrando-a na análise da atual conjuntura internacional, regional e nacional, destacando a crise sistêmica e as ofensivas diversas, dentre as quais, o golpe de Estado no Brasil.
“Resistir é criar. É provocar o novo, em busca da retomada do pensamento e das práticas utópicas como também da mudança do curso da história. As organizações e movimentos baianos estão cientes da ousadia da sua proposta,” afirmou o Coletivo, na declaração.
O Comitê Nacional será composto por seis entidades do Coletivo Baiano, oito entidades nacionais e seis entidades do Comitê Internacional. O Cebrapaz deverá fazer parte do Comitê Nacional, a ser formalizado nos próximos dias. O Seminário também decidiu pela criação de coletivos de organização do FSM em todos os estados.
“O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, participou do Seminário e reafirmou a disponibilidade da Universidade para o FSM, assim como o Governo do estado, que se comprometeu a ajudar na realização do evento,” diz Barreto.
De acordo com Liége Rocha, que integra o Comitê Internacional e a Direção da União Brasileira de Mulheres (UBM) e também participou do seminário, um dos temas de destaque tem sido a busca por renovação do Fórum, “num momento de efervescência no movimento social, um momento importante para isso.”
Em entrevista ao portal do PCdoB na Bahia, Liége falou da necessidade de incorporar mais movimentos ao FSM. “No início, por exemplo, ele não permitia a participação dos partidos políticos. No fórum de Belém, nós tivemos os presidentes dos países da América Latina, [Hugo] Cháves, Evo Morales, Rafael Correa. Esse é o momento de romper resistências e de unir forças para resistir.”
Outros convidados para gerir o Seminário foram Rita Freire, ex-presidenta do Conselho da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e Fórum Mundial de Mídia Livre; Mauri Cruz, diretor executivo da Associação Brasileira de ONGs (Abong); Rogério Pantoja, diretor nacional da CUT-Brasil; Gilberto Leal, diretor nacional da Coordenação de Entidades Negras / Brasil (CONEN).
A possibilidade de a Bahia sediar o próximo FSM foi validada pelo Comitê Internacional em janeiro deste ano, no Fórum Social das Resistências, em Porto Alegre, em que o Cebrapaz foi representado pela vice-presidenta Jussara Cony e outros membros.