Na
segunda-feira, 07 de agosto, Valtemi Barreto, da
Equipe do Projeto Força Feminina, Unidade Oblata em Salvador, conduziu mais uma
das formações para a REDE Oblata 2017. Com
base no filme “As Sufragistas” de Sarah Gavron, a formação ocorreu com a participação intensa das
trabalhadoras sociais que discutiram sobre a validação de direitos já
conquistados pelas mulheres e se realmente esses direitos estão sendo
respeitados na sociedade atual.
Bem
como as sufragistas do início do século XX,
as mulheres de hoje também têm muito a conquistar. Percebe-se a pouca
participação das mulheres nos cargos de comando e na política, a dependência
econômica em relação aos seus companheiros... É visível também o machismo no
padrão do vestuário das mulheres em empresas ditas sérias, organizadas e de
grande porte, visto que, nesses locais a mulher deve se “fantasiar” de homem
para poder exercer o seu trabalho a fim de não despertar atenção / interesse
sexual dos colegas homens, e ser respeitada, entre tantos outros casos de falta
de respeito e desigualdades.
Em
prol de melhores oportunidades e de igualdade para ambos os sexos e gêneros, é que
o Projeto Força Feminina entra nesse tema a fim
de entender e dialogar sobre os direitos das mulheres que foram tão oprimidas e
silenciadas durante séculos, sem direito a exercer a sua sexualidade, sem
direito ao planejamento familiar, sem direito de escolher a formação acadêmica
que desejavam, enfim, sem direito a ter direitos...
O filme “As
Sufragistas” toca nesse ponto central, ao retratar o que a personagem
principal passa desde a sua infância até a fase adulta:
“É
natural para Maud aceitar as péssimas condições de trabalho que lhe são
impostas. É natural para Maud acreditar que ela deve ser grata ao patrão que a
explora desde a mais tenra infância e chega até mesmo a abusar sexualmente dela
e de suas companheiras de jornada. É natural para Maud, sentir-se inferior.”
Saiba mais: https://tudorbrasil.com/2016/01/29/resenha-do-filme-as-sufragistas-por-que-precisamos-do-feminismo/
A
discussão seguiu-se e foi exibido o documentário “Virou
o Jogo - A História de Pintadas” – com depoimentos dos moradores
desta cidade localizada no interior da Bahia. Este
fortaleceu no grupo a crença de que a educação é sim transformadora. Foi
surpreendente observar o esclarecimento e a transformação de costumes relatada
pelas pessoas entrevistadas, especialmente por pessoas de mais idade e em uma
cidade do interior, onde muitas vezes os costumes são considerados mais
atrasados.
Foi
exibida a apresentação “Mulheres que Fizeram
História”, desde Leila Diniz à Irmã Dulce e Madre Tereza de Calcutá, ao
som de “Pra Não dizer que Não Falei de Flores” do músico Geraldo Vandré.
E
tecendo uma rede, a equipe verbalizou frases de direitos e empoderamento que
precisam ser conquistados e postos em prática não só pelas mulheres, mas pela
sociedade como um todo.
Às
mulheres, força! Pois a luta ainda continua...
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