Formação
Continuada
Durante
os dias 23, 24, 25 e 26 de janeiro de 2017 ocorreu na sede do Projeto Força
Feminina, a Jornada Pedagógica onde os
profissionais da Unidade partilharam ideias, ensinaram e aprenderam na
coletividade, com o propósito de promover o fortalecimento do processo
educativo e a missão junto às mulheres, por meio da análise e reflexão de temas
relevantes ao trabalho desenvolvido direto com as mulheres em situação
de prostituição, mas também a importância do trabalho em equipe.
No
primeiro dia pela manhã, Alessandra Gomes refletiu acerca dos desafios gerais e
específicos para desenvolver e aperfeiçoar o trabalho com as mulheres em
situação de prostituição. Pela tarde tivemos a contribuição significativa dos
professores da Escola de Enfermagem da UFBA: José Lúcio Ramos e George Amaral. Facilitando
o tema: “Saúde mental no trabalho” foi uma alerta à equipe da intervenção que
necessitamos fazer individualmente para a prevenção de doenças.
Reflexões:
-
A importância de se trabalhar em equipe, compartilhando ideias, saberes,
decisões...
-
O cuidado pessoal ... criar espaços de proteção fora do ambiente profissional
-
Autoconhecimento
-
O trabalho produz identidade
-
Quem trabalha com o sofrimento tem mais chance de adoecer
-
Respeitar / conhecer a sua história de vida profissional e pessoal e da mulher
-
Se as mulheres vêm neste espaço é porque precisam de apoio
- Modelo de gestão: participativo
-
O poder precisa ser negociado nas relações
-
O que estou fazendo para a promoção da saúde mental?
No
dia 24, a Assistente Social Júlia Damiana Nascimento - assistente social e
especialista em Dependência Química e Terapeuta de Família, funcionária do
Centro para Tratamento de Dependência Química Vila Serena - trouxe algumas
informações e estratégias importantes para a equipe atualizar seus
conhecimentos e práticas no atendimento às mulheres atendidas na instituição
que, muitas vezes, usam psicotrópicos. No turno vespertino, as educadoras
sociais do Centro de Convivência Irmã Dulce dos Pobres / Redução de Danos
Fernanda Aragão (enfermeira especialista em saúde mental) e Silmara Cecília, de
maneira lúdica, desenvolveram o tema: “Uso de substâncias psicoativas e pessoas
vulneráveis”.
No dia 25, a Prof. Drª
Maise Zucco através de uma dinâmica fez um recorte da importância de se
valorizar e perceber as diferentes identidades que carregamos em diversos
ambientes, sejam elas profissional, pessoal ou social. Demonstrando que cada pessoa carrega muito
mais do que aquilo que é visto, tem mais de um aspecto que as caracterizam e
todos eles precisam ser respeitados. Ficou muito forte em sua fala o respeito que se deve ter em relação à
historicidade do sujeito dentro do tempo e espaço ocupado por ele na
atualidade.
Alguns temas foram dialogados com a equipe:
• Gênero;
• Relações Étnico-raciais;
• Sexualidade;
• Classe;
• Geração;
• Deficiência.
Foram apresentadas também as discussões sobre:
• Brinquedos específicos para
meninos e meninas;
• O combate aos estudos de
gênero nas escolas;
• A escola sem partido;
• As nomenclaturas atuais:
transgênero (transexual e travesti) e cisgênero.
No dia 26, no fechamento da jornada, com a ajuda das irmãs Maria do
Rosário Silva e Maria Beatriz Paixão, refletiram sobre a Missão Oblata. Na
primeira parte, a sua origem através da inquietação do Pe. Serra ao ter contato
com a triste situação das mulheres no Hospital São João de Deus e a implicação progressiva
de Antônia Maria nessa realidade em 1864 até a fundação da Congregação em 1870,
colocações enriquecidas com o diálogo entre toda equipe. Na segunda parte,
refletimos sobre os modos históricos de intervenção da missão desde os primeiros
anos de fundação e dos que se seguiram depois que foram sendo aprofundados e
que hoje, sob o dinamismo do Espírito que nos desafia na realidade, segue
renovando e atualizando a mesma Missão.
Momentos como esses são importantes para a realização de um trabalho
grandioso com as mulheres.
Equipe de Comunicação do PFF – Unidade Oblata
em Salvador
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